Entenda os riscos de uma gravidez tardia
A mulher moderna se sente pressionada naturalmente por diversos fatores, e um deles é a gravidez tardia. Nos últimos anos, conforme ela conquista espaço no mercado de trabalho, a maternidade vem sendo adiada.
O ginecologista e obstetra Fábio Muniz explica que “atualmente, registra-se uma tendência cada vez maior de gravidez tardia entre mulheres que se encontram na faixa entre os 35 e 45 anos. Isso exige uma atenção maior dos profissionais. Pois há maiores chances de complicações tanto para a mulher, quanto para o bebê.”
De acordo com o especialista, dados da literatura médica citam que a faixa etária ideal para ter filhos estaria entre 20 e 29 anos. Porém, existem variações quanto à definição de idade materna avançada para a gravidez, sendo que alguns autores consideram o limite de 35 anos e outros até os 45.
Doenças na gravidez tardia
É evidente que a gravidez tardia traz mais riscos. “As gestantes com mais idade vão engravidar numa fase em que coincide com o início de doenças crônicas. São elas: hipertensão arterial, diabetes, disfunções da tireoide, entre outras”, explica Fábio.
Ainda segundo o médico, existem outras patologias que também se apresentam com maior frequência neste período, como abortamentos e anomalias cromossômicas. A incidência de Síndrome de Down, por exemplo, em gestações aos 18 anos é de 1 entre 1000, já aos 40 anos passa a 1 entre 100.
No entanto, a evolução dos conhecimentos médicos permite que seja possível mulheres em idades avançadas curtirem a maternidade. “O ideal é que o pré-natal comece antes mesmo da concepção. O casal deve procurar o ginecologista antes de engravidar para uma avaliação clínica geral. Se tudo estiver bem, recomenda-se o uso de ácido fólico para diminuir o risco de malformação do sistema nervoso central do bebê”, aconselha o obstetra.
Influência do emocional
Outro ponto que merece atenção para aquelas que desejam engravidar com mais de 40 anos é o aspecto emocional. A cobrança por gerar filhos e algumas tentativas sem sucesso podem acarretar frustração que impactam na taxa de fecundidade.
O obstetra explica que mulheres após os 35 anos possuem mais chances de terem gravidez de gêmeos. Isso acontece porque, nesta faixa etária, o estímulo para ovular precisa ser maior. Assim, o organismo produz mais FSH (hormônio estimulador de folículos, que são as estruturas dos ovários que contêm os óvulos) para garantir o desenvolvimento dos poucos folículos que restam. Então, aumenta a probabilidade de se produzir mais de um óvulo em um mesmo ciclo.
- Published in Fique por Dentro
Você sabe o que é “Bico de Papagaio”?
Muitas vezes sentimos dores na coluna e uma das causas pode ser o “Bico de Papagaio”. O corpo humano vai se ajustando e, com isso, é normal que apareçam algumas complicações em nossa estrutura óssea.
Algumas delas irão causar dor, outras não. Algumas serão características da idade e muitas outras só existirão em virtude das consequências da nossa postura. Entre estas doenças da idade está o bico de papagaio, que se instala na coluna de algumas pessoas. Porém, com mais facilidade em pessoas acima dos 40 anos de idade, como uma tentativa de estabilizar uma estrutura desgastada. A doença funciona como uma defesa do próprio organismo, desenvolve-se uma pequena saliência, parecendo um bico, por isso o nome popular da Osteofitose.
Possíveis tratamentos
Essa doença crônica e degenerativa vem se tornando um problema de saúde pública. O fisioterapeuta Bernardo Sampaio pontua que “estima-se que em 2030 a população idosa no país será a quinta maior do mundo todo. Por isso, é preciso estar atento aos sinais do corpo e tentar se manter ativo para chegar na terceira idade de uma maneira saudável e sem dor”.
Segundo Sampaio, o bico de papagaio tem maior incidência na região lombar, mas pode atingir outras partes da coluna. Seus sintomas podem ser amenizados através da combinação de anti-inflamatórios e exercícios físicos. “A fisioterapia é uma grande aliada nesse processo. Há diversas causas que podem agravar o bico de papagaio. O tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, e dietas ricas em doces e carboidratos, prejudicam o envelhecimento sadio”, explica Sampaio.
“Com relação às dores do bico de papagaio, é importante ressaltar que nem todo mundo terá dor. Muitas vezes essa sensação incômoda pode estar relacionada a uma perda momentânea de movimento. Por isso, o fisioterapeuta deverá fazer associação dos exames de imagem com associações degenerativas da idade, compreendendo o caso como um todo”, conclui o especialista.
- Published in Fique por Dentro