Sinusite é mais recorrente no tempo frio e seco, segundo especialista
A sinusite se torna mais comum no outono e no inverno devido a chegada dos dias mais frios e secos. De acordo com a Academia Americana de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço (AAO-HNSF), a doença afeta cerca de um a cada oito adultos nos Estados Unidos, sendo a causa da prescrição de antibióticos para adultos.
A sinusite é uma inflamação nas maçãs do rosto e na testa, além de atingir as vias respiratórias superiores. Segundo o otorrinolaringologista Flavio Henrique Barbosa, “em algumas regiões no mundo, até 40% dos adolescentes apresentam quadros da doença, sendo mais comuns em locais frios ou de grande variação climática”.
As mucosas existentes nas vias aéreas tendem a ressecar e ficarem irritadas com o tempo frio e seco, aliado a poluição. Dessa forma, elas se tornam um ponto propício para o aparecimento de bactérias e fungos, o que causa a infecção. A sinusite também pode decorrer de uma rinite, muito comum também e que pode ser alérgica ou viral.
Diagnóstico e tratamentos
“A doença pode ser aguda, quando os sintomas estão presentes por um período inferior a 12 semanas, ou crônica, quando o problema persiste por mais de três meses. Os casos mais graves são tratados com antibióticos”, explica o médico. Os principais sintomas da doença são cansaço, espirros, dor de cabeça na altura dos olhos, sensibilidade à luz, obstrução nasal, além de febre e tosse.
Para suavizar os incômodos, a orientação é que os pacientes façam lavagem nasal com soro fisiológico diariamente e mantenham uma boa hidratação tomando bastante água.
De acordo com o especialista, muitas pessoas que acreditam ter sinusite crônica, possuem na verdade um quadro recorrente de sinusite aguda. “O tratamento é diferente em cada caso, por isso é importante obter o diagnóstico correto. Nos casos da doença crônica, a cirurgia de sinusectomia pode ser uma opção para o tratamento e cura. Existem casos de sinusite fúngica, que não apresentam melhoras com antibióticos comuns. Além disso, existem exames específicos, como a nasofibroscopia, que ajudam no diagnóstico correto”, finalizou.
- Published in Fique por Dentro
Sexo após a gravidez: desvendando mitos
O sexo após a gravidez é um tabu na vida de muitos pais, pois nem sempre é fácil retornar à vida ativa após a chegada de um bebê. Dúvidas sobre quando o casal pode ter a vida sexual ativa de volta, é comum.
O ginecologista Luciano Pompei, secretário geral da SOGESP (Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo), diz que o recomendado para voltar à vida sexual ativa é de cerca de seis semanas do pós-parto. “Depois de ser reavaliada pelo médico e se a cicatrização dos procedimentos do parto tiver ocorrido normalmente, a mulher será liberada para realizar a atividade sexual”, afirma Luciano.
Entretanto, o especialista reitera a importância da completa cicatrização e do retorno do útero e demais órgãos pélvicos ao padrão pré-gestacional antes de praticar o sexo após a gravidez, uma vez que a atividade pode favorecer a entrada de bactérias no útero. “A falta de cuidado gera risco de infecções ou o rompimento de suturas eventualmente realizadas durante o procedimento do parto”, ressalta.
Como fica a libido feminina no pós-parto
Apesar de não sofrer nenhuma alteração que de fato interfira na libido feminina durante a gravidez, é comum a mulher sentir medo de ter relação sexual achando que poderia causar danos ao feto, o que, segundo o médico, não ocorre na maioria dos casos. “Depois do parto, é normal diminuir o desejo sexual devido ao cansaço e estresse em função das necessidades e cuidados da criança e da amamentação. Além disso, no pós-parto, frequentemente a vagina fica com sua mucosa mais fina e menos lubrificada e a mulher pode sentir dor durante o sexo”, explica.
Mas a libido do pai também pode ser afetada por conta da rotina da casa, que passa a se pautar pelos choros do recém-nascido e pelas preocupações diárias. Dessa forma, a predisposição e a importância dada para as relações sexuais mudam e podem interferir na dinâmica do casal.
Prazer no sexo após a gravidez
O sexo no pós-parto não é menos prazeroso fisiologicamente. Há casais que sentem um prazer até maior. Mas é importante que tanto a mulher quanto o marido, tenham o hábito de conversar a respeito do que eles podem fazer para preservar a vida a dois, além do planejamento de ter um filho.
O médico explica que “depois do parto, os níveis hormonais da mulher ficam mais baixos e isso faz com que a mucosa vaginal fique ressecada e menos lubrificada”. O próprio hormônio que tem a função de estimular a produção de leite (prolactina), não ajuda muito e pode inibir a libido da mulher e, consequentemente, a lubrificação.
Ainda de acordo com o ginecologista, geralmente, a recuperação é muito adequada no pós-parto e que a grande maioria das mulheres pode praticar o sexo após a gravidez e continuar com uma vida sexual saudável e prazerosa.
- Published in Fique por Dentro
Conheça as principais diferenças entre gripe e resfriado
Gripe e resfriado são patologias diferentes, porém ainda bastantes confundidas pela população. A gripe é uma doença aguda das vias respiratórias causada pelo vírus Influenza, mais frequente em períodos frios. E o resfriado também é uma doença respiratória, porém, o quadro é causado por vírus diferentes.
Os mais comuns, segundo o Ministério da Saúde, são o rinovírus, (altamente contagioso), vírus parainfluenza e o vírus sincicial respiratório (VSR), que geralmente acometem crianças. Segundo a especialista Roberta Fontanezzi Campos, Clínica Geral do Hospital Albert Sabin, a “gripe geralmente se inicia com quadro de febre alta, seguida de dores musculares, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse. Os sintomas duram de 5 a 10 dias. ”
De acordo com Roberta, “os sinais do resfriado, apesar de semelhantes aos da gripe, são mais moderados e curam mais rápido, por volta de dois a quatro dias. Eles incluem tosse, congestão nasal, coriza e dor de garganta leve. A febre é menos comum e, se aparece, é mais branda”, comenta.
Tratamentos para gripe e resfriado
No tratamento da gripe é necessário repouso, beber mais água e utilizar antitérmicos e analgésicos quando precisar. Os medicamentos antivirais podem reduzir o número de complicações, e são especialmente importantes para grupos de alto risco. Os medicamentos devem ser administrados precocemente, ou seja, dentro de 48 horas após o início dos sintomas.
A especialista indica o recurso terapêutico para o resfriado. “Além de aumentar a ingestão de líquidos, o tratamento terapêutico é apenas sintomático, feito com analgésicos e antitérmicos, uma vez que não existe nenhum remédio específico para a cura”, comenta.
Roberta faz um alerta: “o quadro isolado de febre e dores musculares presentes na gripe pode ser confundido com dengue e febre amarela. Quando associado esses sintomas com tosse e secreção, pode ser facilmente confundido com pneumonia. Portanto, é muito importante o acompanhamento médico para o diagnóstico e tratamento corretos”.
Além disso, a vacinação serve apenas para prevenção da gripe. Não existe vacina contra resfriado.
- Published in Fique por Dentro
Vai viajar? Lembre-se que o diabetes não tira férias
A chegada das férias traz consigo a vontade de abandonar as preocupações e cuidados diários com o corpo. Não à toa que, nessa época, muita gente deixa de lado a alimentação saudável e as idas à academia. Contudo, para os pacientes com Diabetes, esse costume apresenta riscos e pode gerar graves consequências à saúde.
No Brasil, cerca de 13 milhões de pessoas convivem com o diabetes. Esse número pode aumentar para 24 milhões até 2045, segundo dados da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes). Devido a isso, levanta-se a necessidade de conscientizar e alertar a população sobre os riscos que a falta de tratamento adequado pode gerar.
Para os pacientes que já são adeptos aos cuidados e estilo de vida que controlam o diabetes, é bom sempre ter em mente que eles precisam ser mantidos até em viagens.
Confira algumas dicas para uma boa jornada de descanso:
É preciso planejamento
Assim como é preciso planejar as excursões e horários antes da viagem, é recomendado o mesmo em relação ao diabetes. Juntos, médico e paciente poderão traçar um plano alimentar sobre o que consumir ou não durante o roteiro. Antes de pesquisar os pontos turísticos da cidade é preciso ficar atento às farmácias e aos hospitais mais próximos de onde ficará hospedado.
Produtos de cuidados com o diabetes devem ficar na bagagem de mão
O medidor da glicemia, os aparelhos e medicamentos de uso diário devem ser colocados na bagagem de mão. Assim evita-se que eles se danifiquem e garante a utilização durante o percurso, caso preciso.
Se a viagem for de avião, é exigido levar a prescrição e uma declaração médica atestando que o paciente tem diabetes e está com a insulina e outros medicamentos para utilizá-los quando necessário.
Quanto à quantidade de insumos que devem ser levados, o ideal é carregar sempre uma reserva a mais para possíveis imprevistos.
Também é importante deixar tudo em suas respectivas embalagens originais para não danificar. Atente-se para os cuidados com a manipulação que o produto demanda (em caráter especial a insulina, que não pode estar em ambientes quentes).
Para quem vai dirigir
Para quem vai dirigir, vale lembrar alguns cuidados que devem ser tomados antes, durante e depois do caminho. O teste de glicemia deve ser feito antes de sair de casa e a cada três ou quatro horas de direção (ou quando suspeitar de hipoglicemia). Durante as paradas, caminhar um pouco e alongar as pernas é muito importante para evitar dores e inchaços.
Não esqueça os snacks
Eles são essenciais e precisarão estar com você todos os dias – nas excursões, festas e eventos. Eles podem ser consumidos caso alguma refeição atrase ou haja muito trânsito no caminho.
É preciso lembrar que esses lanches devem ser saudáveis, como barras de cereal, iogurtes desnatados ou frutas. Evite utilizar alimentos ricos em carboidrato e gordura, como lanches, pois eles podem desregular os níveis de açúcar no sangue.
Não descuide da alimentação
É normal que em roteiros diferentes, a quantidade ingerida de carboidratos simples, açúcares e bebidas alcoólicas aumente. Contudo, portadores de diabetes e com restrições alimentares devem prestar atenção para não descuidar totalmente da alimentação.
O segredo é variar os tipos de alimentos ingeridos, sem exagerar em nenhum deles. Inclua fibras nas refeições, já que elas retardam a absorção dos carboidratos e controlam a glicemia.
É aconselhável intercalar o consumo moderado de bebida alcoólica com água em abundância, lembrando sempre que a medição deve ser feita antes e depois de toda refeição.
Esses são cuidados básicos para quem tem diabetes poder viajar com tranquilidade sem se preocupar com possíveis transtornos. É possível conviver com a diabetes, basta saber se cuidar e evitar qualquer exagero.
- Published in Fique por Dentro
Endometriose: saiba tudo sobre a doença que atinge as mulheres
A endometriose é uma doença caracterizada pelo crescimento do tecido fora do útero. Essa condição médica pode causar fortes dores abaixo do abdome durante a menstruação. Possivelmente pode se transformar em uma dor crônica e comprometer o dia a dia de muitas mulheres.
Segundo estudos, a endometriose atinge de 5% a 15% das mulheres no período reprodutivo e até 3% a 5% na fase pós-menopausa. Em países industrializados, é uma das principais causas de hospitalização ginecológica. Apesar disto, grande parte destas mulheres não tem o diagnóstico da doença, que pode demorar até dez anos após o início dos sintomas.
Segundo o diretor-médico da Clínica Mãe de Reprodução Humana, Alfonso Massaguer, “a doença é uma das principais causas de infertilidade feminina. Aliás, muitas só descobrem que possuem endometriose ao tentar a gravidez sem sucesso. Isto acontece porque a doença compromete as trompas, órgão responsável pela condução do óvulo ao útero. Além de estar relacionada a alterações funcionais e da qualidade dos óvulos liberados pela reação inflamatória local o que dificulta a gestação”, explica.
Relações sexuais x Endometriose
Dores durante as relações sexuais também podem estar presentes e costumam ser um sinal de aviso para essa e outras condições clínicas. Alfonso Massaguer, explica que “os sintomas mais comuns são dor na região pélvica e dor intensa durante as relações sexuais. Normalmente, as dores na região pélvica acontecem durante o período menstrual. A maior diferença entre essa dor e a cólica menstrual é a sua intensidade, que tende a ser mais alta que o normal”.
De acordo com o especialista, essa dor pode ser progressiva, Em alguns casos vem acompanhada de dor nas costas, em especial na região lombar. Urgência ao urinar e esvaziamento doloroso da bexiga também podem acompanhar o quadro da endometriose.
Em alguns casos clínicos a dor é progressiva. Também existem casos em que a mulher não sente dor alguma. Ou seja, demanda atenção da mulher para visitas regulares ao seu ginecologista.
Os fatores de risco para o desenvolvimento de endometriose são muitos. Além da herança genética, os baixos níveis de progesterona contribuem para um desequilíbrio hormonal. “Para quem tem um parente de primeiro grau afetado, as chances são até seis vezes maior”, acrescenta Massaguer.
Tratamentos
Os tratamentos para endometriose podem ser realizados com medicações e, se necessário, cirurgia. Podem ser utilizados diferentes tipos de hormônios, que visam o bloqueio do estímulo hormonal existente sobre as lesões endometrióticas. Isso não é indicado para mulheres que desejam engravidar, pois também têm ação anticoncepcional.
Segundo o ginecologista e obstetra, Vamberto Maia Filho, “os efeitos do tratamento são variáveis e costumam permanecer apenas durante o tempo de uso dos mesmos. Atualmente, os resultados mais duradouros e eficazes costumam ainda advir do tratamento cirúrgico”.
Cada caso deve ser avaliado individualmente para que um bom plano de tratamento seja indicado. Na maioria das vezes, o tratamento clínico é indicado antes de uma medida invasiva.
Mesmo com a possibilidade de tratamento, o especialista ressalta que não são todas as mulheres que sofrem de endometriose que conseguirão ter sua fertilidade de volta. Por isso a avaliação do quadro clínico individual se faz mais uma vez necessária.
- Published in Fique por Dentro
- 1
- 2