Muita irritação e raiva podem provocar doenças no coração
Estudos estimam que pessoas que sentem muita irritação e raiva têm quatro a cinco vezes mais chances de desenvolver doenças do coração que pessoas menos iradas. Segundo o médico psiquiatra Cyro Masci, na década de 1950, médicos e advogados americanos foram analisados através de questionários específicos para raiva. Entre os que tinham pontuação baixa para agressividade, 2% dos médicos e 4% dos advogados haviam falecido antes dos 50 anos de idade. Já entre os de pontuação elevada, 14% dos médicos e 20% dos advogados estavam mortos antes de completar 50 anos.
Segundo o especialista, “outros estudos relacionaram maior mortalidade entre indivíduos que desconfiavam das pessoas em geral ou que sentiam e expressavam raiva de maneira frequente”. Determinadas características de personalidade, como tendência a evitar pessoas ou preocupação ansiosa, não ficaram relacionadas com morte precoce.
“No meio científico, portanto, é bastante aceito o princípio de que raiva mata. E a agressividade não é o único fator emocional que leva a doenças, mas ocupa lugar de destaque”, afirma Cyro Masci.
Contra o senso comum
Ainda segundo o psiquiatra, isso contraria o senso comum de que “guardar” a raiva é o que faz mal à saúde. “Durante episódios de manifestação de muita irritação e raiva explícita, a pressão arterial sobe, o pulso aumenta, o cortisol chega a ser secretado até 20 vezes mais que o normal e parece haver um aumento considerável na produção de radicais livres”, relata.
De acordo com o médico, pessoas que controlam a raiva podem sentir maior desconforto subjetivo do que os que a expressam. Durante muito tempo, discutiu-se nos meios médicos se o melhor seria expressar a raiva e sentir alívio ou arrumar um jeito de dar fim à ira, sem expressá-la.
Essa última alternativa tem se mostrado francamente superior. Em poucas palavras, se a pessoa deseja viver mais e melhor, convém aprender a modular a agressividade, a aprimorar a tolerância, a controlar o “pavio curto”, aconselha o psiquiatra. Segundo Cyro Masci, “existem formas de tratamentos médicos integrativos que facilitam o controle dos impulsos emocionais, como fitoterápicos, homeopáticos ou nutracêuticos”. Tais procedimentos “podem auxiliar a modular as áreas cerebrais que controlam as reações emocionais de irritação e raiva, ajudando a diminuir a agressividade desproporcional, e desse modo ajudar a prevenir as doenças relacionadas à hostilidade”, finaliza.
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Dor nas costas aumenta no home office durante a pandemia
O home office durante a pandemia do novo coronavírus foi fator determinante para a mudança na rotina de muita gente. Quem estava acostumado com o ambiente confortável do escritório, rapidamente teve que improvisar um lugar para trabalhar em casa.
A maioria adaptou a mesa de jantar da sala ou da cozinha em mesa de trabalho. Outros transformaram um cômodo em escritório para desenvolver suas atividades. Durante as primeiras semanas essa mudança foi bem vista e funcionou. Porém, segundo um levantamento do Google Trends, a expressão “dor nas costas” foi uma das mais buscadas no Brasil em abril de 2020.
A dor nas costas causada pelo home office durante a pandemia traz grandes incômodos em algumas pessoas, principalmente naquelas que já estão pré-dispostas a terem problemas na coluna. A professora-doutora de Fisioterapia da Universidade Positivo, Christina Cepeda, explica que em um primeiro momento, usar o computador na mesa de jantar, no sofá ou na cama pode até parecer confortável, mas, ao longo do dia, além de ser prejudicial à saúde, também pode reduzir a produtividade. “Posturas inadequadas diminuem a concentração e podem causar dores e/ou até lesões no futuro”, alerta.
Veja a seguir algumas dicas para reduzir o mal-estar e evitar dores e problemas na coluna no home office durante a pandemia:
Ajuste o local de trabalho
Como não é possível mudar a altura da mesa, Christina aconselha o uso de uma cadeira de altura regulável ou uma almofada para adaptar à altura. Deixe, no mínimo, 20 cm entre a mesa e o assento da cadeira. Pessoas de baixa estatura podem providenciar um apoio para os pés.
A altura do monitor deve ser ajustada de forma que a porção superior da tela permaneça na altura da linha visual. Assim, é possível ter uma boa visão sem a necessidade de projetar o pescoço para frente. A distância da tela deve ser de 40 a 70 cm, já sentado. “A iluminação também é importantíssima, pois com uma luz fraca, a pessoa tende a se inclinar em relação à tela”, adverte.
Atenção à postura
A regra é manter as costas retas, antebraços apoiados sobre o tampo, coxas em 90 graus em relação ao tronco, joelhos e pés também a 90 graus, assim como o ângulo entre o pescoço e o queixo.
Os pés devem estar apoiados no chão e, eventualmente, podem ser estendidos para a frente – nunca para trás. “Evite inclinar o pescoço e/ou aproximá-lo ao peito, pois essas posições podem gerar tensões nos ombros e nas costas”, orienta Christina.
Prepare o corpo
Segundo a especialista, ao acordar, os músculos não estão preparados para movimentos. Por isso, ao fazer home office durante a pandemia, é indicado respirar fundo, se espreguiçar e realizar alongamento da musculatura do tronco, dos braços e das pernas. “Com isso, ativamos os sistemas do nosso corpo, de forma gradativa”, explica.
Dê uma pausa
Ficar muito tempo na mesma posição prejudica não apenas a coluna, mas também a circulação. “Bastam cinco minutos de intervalo a cada 40 minutos sentado para driblar a sobrecarga na articulação”, afirma Christina.
Dar uma volta, alongar-se e até mesmo deitar por um breve momento pode evitar dores e lesões, reduzindo a pressão nos discos vertebrais e as tensões na coluna. A especialista ressalta que a coluna é um dos pontos onde mais se sente dor, mas existem outras regiões que também merecem atenção, como ombros, punhos e panturrilhas. “Alongá-las ajuda muito a prevenir futuras dores”, sugere.
Movimente-se
Ainda de acordo com a especialista, uma das melhores maneiras de preservar a coluna no home office durante a pandemia é ter uma boa estrutura muscular. Ou seja, o equilíbrio de forças dos músculos que estabilizam a coluna vertebral. “Os exercícios físicos regulares fortalecem a musculatura da coluna e melhoram a postura e podem ser feitos mais de uma vez por dia”, indica.
Em tempos de isolamento social, é fundamental realizar atividades como alongamentos, abdominais, prancha, mini agachamento com apoio das costas na parede, flexões de membros superiores com as mãos apoiadas na parede ou no chão utilizando o peso do próprio corpo. Além de outros exercícios que podemos realizar de forma segura, sem a presença de equipamentos.
Alívio da dor
Para quem já está sentindo dor ou tensão nos músculos, Christina indica colocar uma bolsa de água quente enrolada em uma toalha na região cervical ou na região lombar, por até no máximo 20 minutos. “O calor auxilia na melhora da circulação local e no relaxamento dos músculos, aliviando a dor”, ensina.
O home office durante a pandemia tem sido uma realidade para a maioria das pessoas, por isso, se as dores persistirem, procure um atendimento médico profissional, preferencialmente virtual enquanto durar a quarentena.
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4 dicas para evitar embaçar as lentes com o uso das máscaras de proteção
Durante a pandemia da COVID-19 as máscaras são itens essenciais como barreiras de proteção contra o vírus e evitar embaçar as lentes tem sido um desafio para os usuários de óculos de grau. O Ministério da Saúde orientou o uso das máscaras de pano, porém tem gerado um desconforto maior devido ao embaçamento das lentes. Isso ocorre devido a espaços onde passam o ar quente da respiração e dificulta o uso dos óculos.
A oftalmologista Keila Cristina Prado separou algumas dicas para evitar embaçar as lentes durante o uso de máscaras. Veja abaixo:
Fita dupla face
Com uma fita dupla face, coloque a fica para aderir a máscara ao nariz em três a quatro pontos. Antes de colocar a fita, deve limpar a pele para retirar a oleosidade, coloque a fita em locais que evitem que o ar ultrapasse pela parte superior.
Guardanapo de papel
Use um pedaço de guardanapo, o ideal é que seja o mais macio possível. Dobre pouco menos da metade e coloque por dentro da máscara, na parte onde encaixa o nariz. Importante ficar bem firme no nariz.
Sabão seco
Com um sabão seco e um paninho de microfibra, aplique o sabão nas lentes, depois passe o pano de microfibra até tirar o excesso e ficar transparente. Basta ajustar os óculos com a máscara.
Higienização dos óculos
Produtos à base de álcool devem ser evitados tanto nas lentes como na armação, pois podem danificar a longo prazo. Água na temperatura ambiente e sabão neutro são ideias para a higienização.
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Máscaras caseiras contribuem na redução do contágio da Covid-19
No combate ao Coronavírus, as máscaras caseiras têm contribuído para evitar a propagação do vírus. O uso de máscaras diminui a exposição e o risco de contaminação da Covid-19.
Um método eficaz para reduzir o contágio do Coronavírus é o isolamento social. Mas nem sempre é possível ficar isolado 100%. Pois há uma saída necessária para ir ao supermercado, por exemplo, ou no caso de algumas pessoas que não podem optar pelo home office.
Para esses casos, o uso de máscaras caseiras pode funcionar como um importante recurso para diminuir a exposição e o risco de contaminação. O Coronavírus é espalhado por gotículas expelidas por pessoas contaminadas quando conversam, tossem ou espirram. As máscaras atuam como barreira física para reduzir a formação de gotículas.
Pensando nisso, as autoridades da saúde no Brasil recomendam que a população comece a utilizar máscaras faciais. Porém com uma ressalva: as máscaras profissionais devem ser de uso exclusivo de profissionais de saúde que estão atuando no atendimento dos pacientes. Ou seja, como forma de prevenção no geral, é recomendado o uso de máscaras caseiras.
A supervisora de enfermagem da SOS Vida, Samanta Campos, explica que “atualmente é percebido um fornecimento irregular de máscaras do tipo cirúrgica, N95 e PFF2, que são EPIs indispensáveis para todas as instituições de saúde. Por isso é importante que seu uso seja exclusivo para profissionais de saúde, pacientes com Covid-19 e seus cuidadores”.
Recomendações de órgãos de Saúde
A nova recomendação do Ministério da Saúde e da Anvisa é que a população em geral adote o uso de máscaras de outros materiais (TNT, algodão etc.), produzidas em casa ou por empresas.
No começo de abril deste ano, o ex-ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, informou que era possível criar uma máscara em casa. “Você pode fazer uma máscara ‘barreira’ usando um tecido grosso, com duas faces. Não precisa de especificações técnicas. Ela faz uma barreira tão boa quanto as outras máscaras. A diferença é que ela tem que ser lavada pelo próprio indivíduo para que se possa manter o autocuidado. Se ficar úmida, tem que ser trocada. Pode lavar com sabão ou água sanitária, deixando de molho por cerca de 20 minutos. E nunca compartilhar, porque o uso é individual”, explica.
Especialistas explicam que o uso de máscaras caseiras pode reduzir de 60 a 70% da carga do vírus exalada pela pessoa contaminada, esteja ela sintomática ou não. Dessa forma, reduzem as possibilidades de contaminação de outras pessoas, protegendo a si mesmo e a outros.
“O uso das máscaras caseiras devem contribuir para reduzir a circulação do vírus entre as pessoas que circulam em ambientes públicos. Porém, é preciso lembrar que não é uma medida 100% eficaz, por isso os cuidados com higiene e o afastamento social devem ser respeitados”, explica Samanta.
Riscos do uso inadequado
É preciso tomar alguns cuidados com relação ao manuseio das máscaras caseiras ou profissionais. Há suspeitas de casos de Coronavírus na Itália, em que os profissionais de saúde se contaminaram ao remover os Equipamentos Individuais de Proteção (EPI). Portanto a orientação é segurar nas alças ao retirar a máscara, evitando o contato com a área úmida.
Em seguida, é recomendável lavar a mão. Também é necessário cuidado para não tocar na máscara e no rosto com a mão suja. Após o uso, a máscara deve ser guardada eu uma sacola plástica ou envelope de papel.
A máscara protege a boca e nariz, contudo também há risco de contágio pela mucosa dos olhos. Por isso, é indicado evitar aglomeração e manter o isolamento social mesmo para quem está de máscara.
Uma medida importante é trocar o objeto a cada 2 horas ou quando estiver molhado. Portanto, é indicado ter entre 4 e 5 máscaras caseiras em casa, que podem ser lavadas após o uso com água e sabão.
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