De acordo com a Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso), cerca de 10 milhões de brasileiros sofrem com a osteoporose. O ortopedista Marcello Zaboroski explica que “a principal causa é a alteração hormonal, principalmente a que ocorre na menopausa. Por isso a incidência em mulheres é maior. Também pode ser consequência de diminuição de massa muscular, deficiência de vitamina D e queda na absorção do cálcio”.
A boa notícia é que a osteoporose, que costuma ter maior incidência em idosos, tem cura. O tratamento consiste em ingerir medicação, realizar exercícios físicos e exposição ao Sol. “A medicação é individualizada conforme a necessidade do paciente, como reposição de cálcio, vitamina D ou para melhorar a absorção e fixação do cálcio no osso. Os exercícios físicos são fundamentais para ativação dos osteócitos (células que produzem ossos) e manutenção do tônus muscular. Ainda, os raios ultravioletas são importantes para sintetizar a vitamina D, que também estimula a geração do tecido ósseo”, esclarece Zaboroski.
Segundo o especialista, a osteoporose é uma doença silenciosa e que demora para se manifestar, sendo normalmente percebida após fraturas nas vértebras e fêmur. O ortopedista alerta também que a fragilidade nos ossos pode atingir os mais jovens caso sejam realizadas cirurgias ginecológicas que levam à diminuição do hormônio estrógeno, pacientes que tenham síndromes de má absorção de cálcio, entre outros distúrbios. “Para diagnosticar com precisão, é necessário o exame de densitometria óssea, que analisa o esqueleto como um todo, e a dosagem de cálcio e vitamina D”, explica.
Além disso, o exercício físico é um ótimo aliado ao combate à osteoporose. “Há aumento de massa muscular e melhora da velocidade de resposta motora neuromuscular, diminuindo as quedas e o risco de fraturas. A atividade física estimula os osteócitos a promoverem a formação de ossos novos”, finaliza Zaboroski.