Vai viajar? Lembre-se que o diabetes não tira férias
A chegada das férias traz consigo a vontade de abandonar as preocupações e cuidados diários com o corpo. Não à toa que, nessa época, muita gente deixa de lado a alimentação saudável e as idas à academia. Contudo, para os pacientes com Diabetes, esse costume apresenta riscos e pode gerar graves consequências à saúde.
No Brasil, cerca de 13 milhões de pessoas convivem com o diabetes. Esse número pode aumentar para 24 milhões até 2045, segundo dados da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes). Devido a isso, levanta-se a necessidade de conscientizar e alertar a população sobre os riscos que a falta de tratamento adequado pode gerar.
Para os pacientes que já são adeptos aos cuidados e estilo de vida que controlam o diabetes, é bom sempre ter em mente que eles precisam ser mantidos até em viagens.
Confira algumas dicas para uma boa jornada de descanso:
É preciso planejamento
Assim como é preciso planejar as excursões e horários antes da viagem, é recomendado o mesmo em relação ao diabetes. Juntos, médico e paciente poderão traçar um plano alimentar sobre o que consumir ou não durante o roteiro. Antes de pesquisar os pontos turísticos da cidade é preciso ficar atento às farmácias e aos hospitais mais próximos de onde ficará hospedado.
Produtos de cuidados com o diabetes devem ficar na bagagem de mão
O medidor da glicemia, os aparelhos e medicamentos de uso diário devem ser colocados na bagagem de mão. Assim evita-se que eles se danifiquem e garante a utilização durante o percurso, caso preciso.
Se a viagem for de avião, é exigido levar a prescrição e uma declaração médica atestando que o paciente tem diabetes e está com a insulina e outros medicamentos para utilizá-los quando necessário.
Quanto à quantidade de insumos que devem ser levados, o ideal é carregar sempre uma reserva a mais para possíveis imprevistos.
Também é importante deixar tudo em suas respectivas embalagens originais para não danificar. Atente-se para os cuidados com a manipulação que o produto demanda (em caráter especial a insulina, que não pode estar em ambientes quentes).
Para quem vai dirigir
Para quem vai dirigir, vale lembrar alguns cuidados que devem ser tomados antes, durante e depois do caminho. O teste de glicemia deve ser feito antes de sair de casa e a cada três ou quatro horas de direção (ou quando suspeitar de hipoglicemia). Durante as paradas, caminhar um pouco e alongar as pernas é muito importante para evitar dores e inchaços.
Não esqueça os snacks
Eles são essenciais e precisarão estar com você todos os dias – nas excursões, festas e eventos. Eles podem ser consumidos caso alguma refeição atrase ou haja muito trânsito no caminho.
É preciso lembrar que esses lanches devem ser saudáveis, como barras de cereal, iogurtes desnatados ou frutas. Evite utilizar alimentos ricos em carboidrato e gordura, como lanches, pois eles podem desregular os níveis de açúcar no sangue.
Não descuide da alimentação
É normal que em roteiros diferentes, a quantidade ingerida de carboidratos simples, açúcares e bebidas alcoólicas aumente. Contudo, portadores de diabetes e com restrições alimentares devem prestar atenção para não descuidar totalmente da alimentação.
O segredo é variar os tipos de alimentos ingeridos, sem exagerar em nenhum deles. Inclua fibras nas refeições, já que elas retardam a absorção dos carboidratos e controlam a glicemia.
É aconselhável intercalar o consumo moderado de bebida alcoólica com água em abundância, lembrando sempre que a medição deve ser feita antes e depois de toda refeição.
Esses são cuidados básicos para quem tem diabetes poder viajar com tranquilidade sem se preocupar com possíveis transtornos. É possível conviver com a diabetes, basta saber se cuidar e evitar qualquer exagero.
- Published in Fique por Dentro
Conheça os métodos, benefícios e riscos da cirurgia bariátrica
A cirurgia bariátrica é um procedimento voltado à perda de peso. Existem diversos tipos de cirurgia e a escolha do método mais adequado depende de algumas características do paciente. É extremamente importante lembrar que é um procedimento cirúrgico e deve ser uma decisão médica, e não apenas estética.
Segundo o Ministério da Saúde, para ser candidata à cirurgia, a pessoa deve tentar por pelo menos dois anos os métodos tradicionais de emagrecimento. Isso inclui reeducação alimentar, tratamento psicológico, atividade física e uso de medicamentos em casos específicos. Se nenhuma dessas alternativas trouxer uma resposta positiva, ela poderá ser avaliada e então fará todos os exames necessários para verificar a possibilidade de ser operada.
O gastroenterologista do Hospital Albert Sabin, Sergio Alexandre Barrichello, explica o cálculo utilizado para saber se o paciente é elegível à cirurgia bariátrica. “Atualmente, o índice de massa corporal (IMC), é o maior indicador para realização das cirurgias. Pacientes com IMC maior ou igual a 40 com doenças associadas, são indicados ao procedimento”, explica.
Segundo o especialista, diabéticos tipo II de difícil controle, com tempo de doença menor que 10 anos, e com IMC acima de 30, também são elegíveis à cirurgia bariátrica.
Métodos de cirurgia bariátrica
De acordo com o médico, existem diversos métodos de cirurgias. As mais comuns são:
– A Bypass, que consiste na diminuição do estômago e desvio do intestino. Essa é considerada uma cirurgia mista;
-Gastrectomia em manga (Sleeve), que é basicamente a retirada de 80% do estômago e não atua no intestino;
– E a Banda Gástrica, que é uma cinta colocada ao redor do estômago, limitando a passagem do alimento. Essa técnica está sendo progressivamente abandonada.
Quanto aos riscos e benefícios, vale lembrar que se trata de um procedimento cirúrgico e, portanto, sempre haverá riscos. “Com a melhora dos materiais e aumento das habilidades manuais dos cirurgiões, as taxas de complicações agudas são bastante baixas atualmente”, comenta o especialista.
“O emagrecimento traz uma melhora importante na qualidade de vida. Ele diminui de maneira consistente a ocorrência de doenças, como hipertensão arterial, diabetes Mellitus tipo II, doenças do coração, AVCs, depressão, infertilidade e alguns tipos de câncer”, ressalta.
Vale lembrar alguns mitos inerentes à cirurgia bariátrica, como, por exemplo, a mulher não poder engravidar após sua realização. “Pode sim, porém, o ideal é esperar por dois anos, tempo que ainda está perdendo peso”, esclarece o gastroenterologista.
Outra dúvida constante é a obrigação de submeter-se a cirurgias plásticas para a retirada de pele após o procedimento. Segundo o especialista, nem sempre há essa necessidade, pois depende do tamanho do emagrecimento, idade do paciente e até do tipo de pele.
“De modo geral, após a cirurgia, é muito importante comparecer aos retornos médicos agendados. Além de respeitar a dieta imposta pela equipe cirúrgica e, sobretudo, saber que é um procedimento grande e a conversa com seu médico deve ser levada à risca”, finaliza Barrichello.
- Published in Fique por Dentro
Saúde bucal infantil precisa de uma atenção especial
A saúde bucal infantil é tão importante quanto a saúde bucal dos adultos. De acordo com a especialista em Odontopediatria, Helenice Biancalana, “se dedicando à escovação e ao uso do fio dental pelo menos dez minutos por dia, inúmeros problemas poderiam ser evitados”.
Além disso, a especialista aponta cinco fatos relevantes sobre a saúde bucal infantil. Confira:
Dente de leite tem cárie e precisa de tratamento
Uma em cada três crianças entre um ano e meio e três anos tem pelo menos um dente de leite cariado. Isso se deve porque na dentição permanente, duas a cada três crianças com doze anos têm pelo menos um dente cariado. Esses dados são da Pesquisa Nacional em Saúde Bucal, de 2010. “Dente de leite tem cárie e precisa de tratamento. É importante saber que, com duas escovações por dia, utilizando creme dental com flúor, esses dados alarmantes podem ser drasticamente reduzidos”, explica Helenice.
Bebidas consideradas “saudáveis” têm mais açúcar do que se pode imaginar
Segundo a especialista, tanto os sucos em caixinha quanto as bebidas esportivas (isotônicos) são associados à imagem de quem cuida da saúde. Entretanto, estudos indicam que os níveis de acidez dessas bebidas podem levar à erosão da superfície dental. “Essas bebidas prejudicam o esmalte e a aparência dos dentes e aumentam a sensibilidade e a dor. A dica é aumentar a oferta de água e de leite às crianças”, explica.
Criança que respira só pela boca precisa de tratamento
Helenice dá a dica de que quando a criança tem alguma dificuldade em permanecer com os lábios fechados, ou quando só dorme de boca aberta, certamente deve-se buscar ajuda especializada.
“Esses padrões mostram o quanto crises respiratórias podem estar interferindo em outras áreas. A respiração bucal tende a comprometer o desenvolvimento de importantes estruturas ósseas da face e das arcadas dentárias. O rosto pode crescer fino e alongado.”, explica.
Ainda de acordo com a especialista, “o ideal é que a criança seja tratada por um otorrinolaringologista com o acompanhamento de um ortodontista. Se necessário, fazer uso de aparelhos para normalizar o crescimento facial e promover respiração adequada”.
Aparelho ortodôntico não é ‘moda’, é necessidade para alguns
Segundo Helenice, em anos recentes, a moda de usar aparelhos ortodônticos coloridos virou febre entre crianças e adolescentes. “É importante alertar os pais sobre o risco que isso representa à saúde bucal infantil. Pior ainda, acabam comprando ‘ferrinhos’ e ‘elásticos’ sem origem comprovada e certificação de qualidade. Isso pode causar desde intoxicações e alergias severas, até alterações irreparáveis na gengiva e nos dentes. Além de perda óssea e perda de dentes”, explica.
- Published in Fique por Dentro
Endometriose: saiba tudo sobre a doença que atinge as mulheres
A endometriose é uma doença caracterizada pelo crescimento do tecido fora do útero. Essa condição médica pode causar fortes dores abaixo do abdome durante a menstruação. Possivelmente pode se transformar em uma dor crônica e comprometer o dia a dia de muitas mulheres.
Segundo estudos, a endometriose atinge de 5% a 15% das mulheres no período reprodutivo e até 3% a 5% na fase pós-menopausa. Em países industrializados, é uma das principais causas de hospitalização ginecológica. Apesar disto, grande parte destas mulheres não tem o diagnóstico da doença, que pode demorar até dez anos após o início dos sintomas.
Segundo o diretor-médico da Clínica Mãe de Reprodução Humana, Alfonso Massaguer, “a doença é uma das principais causas de infertilidade feminina. Aliás, muitas só descobrem que possuem endometriose ao tentar a gravidez sem sucesso. Isto acontece porque a doença compromete as trompas, órgão responsável pela condução do óvulo ao útero. Além de estar relacionada a alterações funcionais e da qualidade dos óvulos liberados pela reação inflamatória local o que dificulta a gestação”, explica.
Relações sexuais x Endometriose
Dores durante as relações sexuais também podem estar presentes e costumam ser um sinal de aviso para essa e outras condições clínicas. Alfonso Massaguer, explica que “os sintomas mais comuns são dor na região pélvica e dor intensa durante as relações sexuais. Normalmente, as dores na região pélvica acontecem durante o período menstrual. A maior diferença entre essa dor e a cólica menstrual é a sua intensidade, que tende a ser mais alta que o normal”.
De acordo com o especialista, essa dor pode ser progressiva, Em alguns casos vem acompanhada de dor nas costas, em especial na região lombar. Urgência ao urinar e esvaziamento doloroso da bexiga também podem acompanhar o quadro da endometriose.
Em alguns casos clínicos a dor é progressiva. Também existem casos em que a mulher não sente dor alguma. Ou seja, demanda atenção da mulher para visitas regulares ao seu ginecologista.
Os fatores de risco para o desenvolvimento de endometriose são muitos. Além da herança genética, os baixos níveis de progesterona contribuem para um desequilíbrio hormonal. “Para quem tem um parente de primeiro grau afetado, as chances são até seis vezes maior”, acrescenta Massaguer.
Tratamentos
Os tratamentos para endometriose podem ser realizados com medicações e, se necessário, cirurgia. Podem ser utilizados diferentes tipos de hormônios, que visam o bloqueio do estímulo hormonal existente sobre as lesões endometrióticas. Isso não é indicado para mulheres que desejam engravidar, pois também têm ação anticoncepcional.
Segundo o ginecologista e obstetra, Vamberto Maia Filho, “os efeitos do tratamento são variáveis e costumam permanecer apenas durante o tempo de uso dos mesmos. Atualmente, os resultados mais duradouros e eficazes costumam ainda advir do tratamento cirúrgico”.
Cada caso deve ser avaliado individualmente para que um bom plano de tratamento seja indicado. Na maioria das vezes, o tratamento clínico é indicado antes de uma medida invasiva.
Mesmo com a possibilidade de tratamento, o especialista ressalta que não são todas as mulheres que sofrem de endometriose que conseguirão ter sua fertilidade de volta. Por isso a avaliação do quadro clínico individual se faz mais uma vez necessária.
- Published in Fique por Dentro
Especialista ensina como consumir alimentos saudáveis fora de casa
A rotina de quem passa o dia inteiro em um escritório, ou até mesmo de quem viaja, pode abalar a dieta com alimentos saudáveis. Para se manter na linha, ter uma alimentação balanceada é o melhor remédio.
Para quem vive o corre-corre diário, em geral, existem duas opções mais práticas na hora das refeições: não comer nada ou investir nos lanches rápidos. Já para quem viaja, é difícil resistir aos cafés da manhã de hotéis e pousadas.
Segundo pesquisa divulgada em março deste ano (2019) no site da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia), alimentar-se fora de casa contribui para o aumento da obesidade. Já que mais de 90% das refeições de serviço completo e 72% das de fast food continham pelo menos 600 calorias cada quando analisadas.
Mas esse valor também alcança esse nível dependendo do tipo de alimento escolhido na hora. Para a especialista em nutrição, Ermelinda Vela Bertoldi, uma refeição com alimentos saudáveis deve conter ingredientes capazes de fornecer quantidades adequadas de nutrientes, proteínas, carboidratos, gorduras e fibras. “Tudo o que faz bem para o nosso organismo de uma forma individualizada”, aponta.
Ermelinda explica que “a conta é simples para ter uma dieta com alimentos saudáveis. Ao chegar em um restaurante, evite pegar frituras expostas e comece pelas verduras e legumes”, recomenda.
A especialista ressalta que não existem produtos proibidos. Segundo ela, o mais importante é se atentar à quantidade que será ingerida. “O problema muitas vezes não é o pãozinho, mas o quanto de manteiga que colocaremos sobre ele”, comenta.
Nesse quesito, a especialista destaca que é melhor dar prioridades às gorduras boas. Castanhas, azeite de oliva e amêndoas, grupo conhecido como oleaginosas, são mais indicadas. Porém, deve-se ter cautela, pois mesmo itens considerados benéficos podem trazer malefícios à saúde se ingeridos em excesso e ficam longe de serem alimentos saudáveis.
Como equilibrar as calorias nas refeições
Para não correr o risco de comer centenas de calorias de uma vez, Ermelinda indica refeições mais fracionadas, somando entre cinco e seis por dia. “Não devemos comer de manhã e depois só à noite. O ideal é manter um equilíbrio ao longo do dia. No meio da tarde, por exemplo, pode-se lanchar uma fruta, alguma oleaginosa, um iogurte natural”, explica.
“Para complementar esse ritual, recomenda-se tomar muita água ao longo do dia. Uma medida entre 1,5 a 2 litros ao dia é o mínimo necessário para assistir à oxigenação do indivíduo”, aponta a especialista.
Ermelinda dá a dica: “leve para seu trabalho uma garrafinha com água ou chá sem açúcar, frutas, barrinhas de cereais ou iogurte light. Não é recomendado carregar biscoitos e chocolates, pois o certo é optar cada vez mais por alimentos saudáveis.”
Como lidar com os happy hours?
“Já para quem gosta de ir para o happy hour em um barzinho com os amigos, bebidas alcoólicas em geral possuem alto teor calórico. Um copo de cerveja contém 150 calorias, a mesma quantidade que uma caipirinha”, explica.
A especialista recomenda: “Sempre indico uma limonada ou, se preferir, uma pequena taça de vinho, ou um copo de gim tônica”. Ela também exemplifica que idas a pizzarias devem possuir seus cuidados. “Em vez de uma fatia de 4 queijos, que possui 400 calorias, prefira uma de muçarela com massa integral, que tem em torno de 200.”
Acima de tudo, Ermelinda deixa o recado: “Nada é proibido. Tudo tem que ser moderado. Então, fora de casa, leve seus alimentos saudáveis, como frutas e oleaginosas. Procure não comer carboidratos à noite. Pratique exercícios físicos não somente para perda de peso, mas também para relaxar”, afirma.
- Published in Fique por Dentro